Atingido com um tripé de fotógrafo durante partida contra o Águia de Marabá neste domingo, o jogador Aldivan, do Remo, decidiu não prestar queixa contra Alexandre Carioca. O atleta contou que estava determinado a denunciar o agressor, mas a presença e o choro de seus filhos na delegacia motivaram o “perdão”.
“Na hora que eu estava na delegacia, fui com a intenção de prestar queixa. Ele (Carioca) veio com dois filhos e a mulher pedindo para não prestar porque isso iria acabar com a carreira dele”, disse Aldivan ao UOL Esporte. “O delegado falou que, por ser flagrante, ele iria ficar preso. Mas tinham duas crianças chorando. Me comovi com isso”.
A agressão aconteceu no meio de uma confusão generalizada entre jogadores de Remo e Águia, em partida válida pela semifinal do primeiro turno do Campeonato Paraense. Aldivan estava abaixado arrumando seus meiões quando foi atingido por Carioca.
“O cara foi com a intenção de fazer o pior comigo e eu nem estava fazendo parte da briga”, afirmou Aldivan, que já atuou ao lado de Carioca no Paysandu, em 2010. “Nunca tive rixa. Ele falava que era meu amigo, mas não tem amizade com quem faz isso”.
Diretor de futebol do Remo, Fernando dos Santos disse que a punição ideal ao agressor seria seu banimento. “Um cara que fez o que ele fez com um colega de profissão, de maneira covarde, não pode conviver no meio do futebol”, comentou o dirigente.
Aldivan, por outro lado, optaria por uma pena mais branda se o caso dependesse dele. “Acabar com a carreira prejudicaria sua família e isso eu não quero para ninguém. Com uma punição de alguns jogos ele poderia refletir sobre o que fez”, explicou o atleta.
O jogador do Remo foi levado para o Hospital Metropolitano de Marabá, mas foi liberado. Com dores no local e dificuldade para andar, ele contou que será submetido a um exame de raio-X nesta segunda-feira para descobrir a gravidade da lesão.
O Águia venceu o Remo por 2 a 0 e fará a decisão do primeiro turno do Estadual contra o Cametá. |
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