MENOR QUE ASSUMIU AUTORIA DO DISPARO É LIBERADO APÓS DEPOIMENTO
O adolescente H. A. M., de 17 anos, deixou a Vara da Infância e da
Juventude de Guarulhos depois de duas horas e meia de depoimento ao
promotor Gabriel Rodrigues Alves. Segundo o advogado Ricardo Cabral, que
representa a Gaviões da Fiel e acompanhou o jovem, ele iria assumir a
autoria do disparo do sinalizador naval que atingiu e matou Kevin
Beltrán Espada, de 14 anos, durante a partida do Corinthians contra o
San José, em Oruro. Pelo
homicídio, 12 torcedores estão presos na cidade boliviana, onde o
depoimento do menor já repercutiu, mas a princípio, não deve interferir
na situação.
O menor saiu do local exatamente da mesma maneira que chegou. No banco
da frente do carro do advogado, de boné, cabeça baixa e escondendo o
rosto com as mãos. A mãe estava no banco de trás. Ela não pôde
acompanhar o depoimento.
Alguns veículos seguiram o automóvel até a esquina da rua. Seus
ocupantes pediram para que Cabral abrisse o vidro para uma entrevista,
mas ele não atendeu. O assessor do Tribunal de Justiça, Alexandre
Marcusso, disse que o caso corre em segredo de Justiça e que não
poderia, portanto, dar informações sobre o depoimento. Falou apenas que o
promotor vai avaliar o caso e decidir se o leva adiante.
H. A. M. não pode ser extraditado, mas é provável que as autoridades
bolivianas queiram participar da investigação que será feita no Brasil.
Ricardo Cabral afirma ter como provar que o menor foi mesmo o autor do
disparo, e que a confissão não se trata de uma estratégia para tentar
que os torcedores sejam soltos em Oruro.O advogado garante que ao comparar a identidade e a foto do jovem em sua ficha cadastral com a imagem ampliada do vídeo feito por uma emissora de televisão boliviana, que mostra de onde teria saído o sinalizador, não restará dúvidas que se trata de seu cliente.
Globo.com
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