quarta-feira, 7 de novembro de 2012

FTF REBATE A CRITÍCAS A CURSO DE FORMAÇÃO DE ARBITROS

No último final de semana, a rádio CBN nacional divulgou uma matéria analisando a situação ruim da arbitragem brasileira, e fez um levantamento sobre a qualidade de ensino nas escolas de juízes de futebol, que revelou que, no Tocantins, o apitador poderia se formar em apenas três dias. Segundo a matéria, o aspirante a árbitro entraria na sexta-feira na sala de aula e sairia no domingo já com o certificado de apto a apitar qualquer competição, após participar do curso teórico e prático.

  Mas o presidente da Comissão Estadual de Arbitragem (Ceaf) da Federação Tocantinense deFutebol (FTF), Gasparino Bezerra, disse que apesar das enormes dificuldades que a entidade possui para formação da arbitragem, não é verídico esta afirmação.

  Segundo ele, durante todo o ano, pelo menos quatro vezes, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) envia um instrutor da entidade para avaliar os árbitros e árbitros assistentes do Estado.

Ele explicou que no período de três dias os juízes participam da prova escrita, teórica, prática, palestras e avaliações físicas para poder ganhar ou não o certificado. "Temos que deixar bem claro que não é da noite para o dia que uma pessoa comum que nunca apitou possa chegar aqui e em três dias conseguir se formar. É um processo constante de preparação" destaca ele, ressaltando que, antes de participar do curso, o candidato precisa ter atuado por alguma liga de futebol para poder participar da avaliação.

  "Depois disso, ele, depois de passar pelo curso e por todas as avaliações, obtendo as notas mínimas exigidas, aí sim poderá trabalhar nas competições", explica Bezerra.

Formação
O dirigente acrescenta ainda que o árbitro será sempre avaliado nas competições que ele esteja trabalhando e, se tiver evolução, aí vai apitando jogos das categorias de base, sub-19, segunda divisão e o até chegar à primeira divisão. "Ele passa por todo este processo e vai adquirindo experiência para chegar no topo da arbitragem no Estado e galgar uma oportunidade no quadro da CBF", destacou Bezerra citando como exemplo o árbitro assistente Fábio Pereira, que hoje briga por uma vaga no quadro de aspirantes da Fifa.
 Mas para isso, segundo o presidente, pelos menos umas quatro vezes por ano ele participa da qualificação na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). De acordo com o ele, na última avaliação feita pela Comissão de Arbitragem Nacional, há cerca de um mês, Fábio Pereira obteve a nota máxima - dez em tudo.

Escola

Bezerra explicou que para montar uma escola de formação de árbitros no Tocantins é obrigatório ter um médico, um fisioterapeuta, um nutricionista, preparador físico, professor de português, inglês e espanhol, um instrutor de árbitro formado pela CBF. "Onde vamos arrumar dinheiro para pagar todo este pessoal", pontua o presidente.

Hoje um árbitro para apitar uma partida do Campeonato profissional no Tocantins ganha cerca de R$ 220,00, diferentemente de quem apita no Campeonato Brasileiro, no qual o juiz ganha até R$ 3.500,00 (livres). "Esta profissão é mais uma paixão que qualquer coisa", finalizou o dirigente. Vale ressaltar que o curso de formação de árbitros em São Paulo é de um ano e meio.
Fonte: Alô Esporte

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