terça-feira, 14 de junho de 2011

RONALDO – O adeus do fenômeno - Uma lenda do esporte


  • Foi eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA em 1996, 1997 e 2002.

Dia 07 de junho de 2011. O dia amanheceu mais triste e o sol, acanhado, mostrou poucos raios, em reverência  àquele  que tanto brilhou pelos gramados e campos da vida. A natureza, mãe de todo ser, silenciou-se, com suas águas correndo mansas e serenas em doce e suave cantiga, suas matas tremulando fremente qual bandeiras em louvor e os animais e aves renunciando  ao  seu canto,  em formação respeitosa,  para ouvir pela última vez o grito incontido e cortante, alegre e triste, de lágrimas e sorrisos  no adeus oficial ao grande  ídolo. O adeus oficial àquele que com sua maestria, carisma, habilidade e capacidade inconteste, só alegrias plantou nos corações apaixonados de todos os amantes do futebol.

A cidade se movimenta, as janelas se enfeitam, os olhares já são de saudade. Todos correm na mesma direção e objetivo, se atropelando, pacificamente, à procura do melhor espaço, do melhor ângulo para saudar e ser testemunha ocular, mesmo à distância, deste momento singular, deste adeus fenomenal ao fenômeno.

A notícia corre e se propaga pelos quatro ventos rapidamente, instantaneamente e simultaneamente. Todos se encontram na mesma emoção. O momento chegou.

As bandeiras tremulam, corações disparam, os gritos soam como lamentos, num misto de alegria e dor, de contentamento e gratidão, de emoção e agradecimento.

Uma voz anuncia, um silêncio se faz ouvir e o Fenômeno adentra o palco tão seu conhecido e amigo íntimo, seu espaço e seu lar. Os gritos ressoam imoderadamente e incansavelmente. A emoção é inevitável e inerente do momento. Os olhos arregalados e atentos querem registrar tudo para ser parte da história.

O gol não saiu mas não era necessário. O momento, por si só, faz a sua importância. É o fenômeno que está se desligando dos campos de grama mundo afora para os campos da vida. Da vida social e empresarial, da vida comum do dia a dia, enfim, da vida normal, fora da passarela passageira do estrelato.

Ninguém ostentou essa insígnia. Fenômeno foi só ele e Fenômeno é só ele. Ronaldo Luís Nazário de Lima, nascido em 22 de setembro de 1976, na cidade do Rio de Janeiro – RJ. O relâmpago na direção do gol. O trovão explodindo na hora decisiva. O felino em seus passos de sonho. A águia predadora em seu  vôo certeiro, fazendo  vítima agremiações inteiras.

O Fenômeno se foi. Partiu para o lado oposto do que era mágico. Saiu das quatro linhas mas não saiu da nossa saudosa e doce memória que se engrandece com tão ilustre morador. E habitando nossa memória, nela há de permanecer para os tempos sem fim. Amém!

Ronaldo Luís Nazário de Lima. O mais nobre e ilustre dos seres simples e comuns do nosso futebol. A ti a nossa eterna e incontida reverência.

Roberval Paulo

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