segunda-feira, 25 de março de 2013

TEMPO FECHADO NO MIRANDÃO

Crise entre elenco e diretoria ganhou força após nova derrota no Campeonato Tocantinense…

A foto acima de Alan César ilustra bem o momento. Muitos ainda dizem o contrário e não falam e crise. Mas ela já existe e ganhou força. O Tourão do Norte parece ter perdido o rumo à briga pelo título. Chances existem já que o campeonato embolou do segundo ao último colocado, mas no futebol há uma máxima: “Quando a grana é curta o amor acaba”. A verdade é que a cabeça do elenco só volta a pensar em decisão de campeonato quando as questões salarias forem resolvidas. A derrota para o Interporto foi apenas uma resposta do grupo, um boicote explícito às pretensões do clube.

Não vou julgar se jogadores estão certos ou errados, antes de tudo são seres humanos, merecem respeito e como meros trabalhadores, buscam apenas aquilo que têm direito. O que ouvi em “Of” nos bastidores após a derrota me fez refletir sobre o que acontece de verdade no Araguaína. No clube, as coisas estão sendo feitas à base do amor sem planejamento. Querem colocar um time em campo confiando no “ovo na cloaca da galinha”.

Mas a verdade é que os presidentes Hely e Antônio Martins não estão preocupados com título, e sim em recuperar o prejuízo que sofreram com o clube nos últimos anos. Ainda não “abandonaram o barco” porque não encontraram um sucessor que pudesse reaver seus valores. A briga com a CBF não vai ser pela vaga na Série C do Brasileirão, será apenas a busca por uma “indenização”. Hely e Antônio são dois homens sérios até que provem o contrário, mas não são do futebol, são apenas torcedores.

O elenco que aí está tem condições sim de brigar pelo título. Apesar de alguns pernas de pau (isso eu comento depois) o plantel, têm boas peças, nomes experientes, mas quando não se paga, a bola não entra. Não adianta trocar elenco achando que se livrando de “mercenários” a coisa vai mudar. O clube pode trazer quem for, mas se não houver o compromisso financeiro com os atletas, a história não vai mudar. É como diria Vampeta: ” Eles fingem que pagam, eu finjo que jogo”.

Sobre o diretor de futebol do clube, Amaurí Duarte, este merece respeito. Duarte vem nadando sozinho, batendo na porta de um e outro e ouvindo quase sempre um “não” ou “volta amanhã” como respostas. No Araguaína, o filme dos últimos volta a se repetir, um time que só tem torcida e nada mais. Faltam conselheiros ativos, estrutura, vontade da prefeitura, apoio, diretores atentos e sobra paixão, mas esta nem sempre faz gol.

Por
Lucas Ferreira.

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