NO RITMO DOS JOGOS INDÍGENAS, CAPITAL "CAÇULA" COMPLETOU 26 ANOS.
Vila Olímpica será próxima ao estádio Nilton Santos. Foto: Divulgação |
Palmas é a capital mais jovem do Brasil, com uma população estimada em cerca de 265 mil habitantes. Completou 26 anos na ultima quarta-feira (20), a cidade se prepara para fazer história recebendo a primeira edição dos Jogos Mundiais Indígenas. O evento esportivo deve receber cerca de 2.200 atletas de várias etnias e apesar de ser muito nova, Palmas terá responsabilidades de ‘gente grande’ para sediar este evento, previsto para acontecer em outubro.
Para se tornar a cidade-sede do evento, Palmas competiu com projetos de Belém, capital do Pará e Marabá-PA. Representantes do Ministério da Saúde e do Comitê Intertribal - Memória e Ciência Indígena avaliaram os projetos e escolheram o da capital do Tocantins.
Mas o projeto para o evento não foi o único fator avaliado. A forte identidade indígena, representada por sete etnias distribuídas pelo o estado, todas com cultura e tradições preservadas, também foram levadas em consideração.As etnias Karajá, Xambioá, Javaé (que formam o povo Iny) e os Xerente, Krahô Canela, Apinajé e Pankararú são predominantes no estado.
Os jogos
A previsão é de que cerca de 22 etnias brasileiras, além de indígenas de mais de 20 países. Cada país e etnia brasileira poderá inscrever até 50 participantes, totalizando 2.200 atletas. Os jogos terão a disputa de 11 modalidades entre os dias 23 de outubro e 1º de novembro.
Inicialmente os jogos estavam marcados para acontecer de 18 a 27 de setembro, mas foram adiados. De acordo com o secretário responsável pelo evento, Hector Valente Franco, a justificativa para a mudança é que a antiga data coincidia com a próxima sessão do Fórum Mundial Indígena.
Estrutura
Grande arena para os Jogos Mundiais Indígenas (Foto: Divulgação)
Grande arena, raias olímpicas, aldeia global, oca digital museu do índio e reforço na estrutura do estádio Nilton Santos são algumas das obras previstas para a realização do evento. Neste mês a terraplanagem nos arredores do estádio Nilton Santos, local que será a Vila Olímpica, ficou pronta, mas muita coisa ainda precisa ser feita.
De acordo com o secretário extraordinário dos Jogos Indígenas, Hector Franco, o prazo para que as estruturas básicas sejam concluídas é 1º de julho, e dentro desta perspectiva as obras cumprem o cronograma estipulado pela organização do evento. Além disso, ressalta que todas as áreas ficarão como legado para a cidade após a realização dos jogos.
- Hoje, temos concluídas as obras de terraplanagem e drenagem. Em andamento, estão às obras de infraestrutura de água que já iniciaram as escavações para a tubulação, e a infraestrutura de energia permanente que se encontra em processo de demarcação das áreas, com previsão de entrega em 30 dias. Essa obra de infraestrutura básica ficará de legado para os moradores e frequentadores da região - explicou.
A Aldeia Global faz parte da estrutura dos Jogos Mundiais Indígenas (Foto: Divulgação)
Conheça cada uma das obras que devem ficar prontas para a disputa da competição:
Grande Arena
Instalada dentro da Vila Olímpica, a grande arena será palco de grande parte das atividades desenvolvidas durante os Jogos Mundiais Indígenas e abrigará a disputa dos Jogos Tradicionais Demonstrativos (Jogos Verdes) e da modalidade de atletismo dos Jogos Ocidentais.
Estádio Nilton Santos
Localizado próximo à grande arena e com a capacidade para 12 mil torcedores, o Estádio Nilton Santos será o palco da disputa da modalidade de futebol.
Raia Olímpica
A raia olímpica será instalada no Ribeirão Taquaruçu e abrigará as modalidades de natação e canoagem durante a realização dos jogos e é um dos aparelhos esportivos que será legado para a cidade de Palmas e todo o país.
Aldeia Global
Com capacidade para abrigar as etnias nacionais, a aldeia contará com 22 ocas para dormitório, ima oca de apoio e oca central destinada aos rituais tradicionais. O acesso ao local é restrito aos participantes dos jogos e equipes de apoio.
Oca Digital
Na oca digital, os participantes e visitantes dos jogos encontrarão 50 computadores com acesso à internet, para poder ler notícias, acessar redes sociais e compartilhar com o mundo, em tempo real, tudo que acontece em Palmas.
Museu
Instalado sob a ponte do Ribeirão Taquaruçu, o museu terá uma passarela de acesso para ciclistas e pedestres que dará acesso da região sul para a norte, direcionando para a Vila Olímpica.
fonte: G1tocantins.
Museu do índio (Foto: Divulgação)
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