quinta-feira, 22 de junho de 2017

NÃO É SÓ FUTEBOL: CONHEÇA A HISTÓRIA DA EQUIPE SENSAÇÃO DO FUTEBOL FEMININO NO BRASIL: IRANDUBA-AM, O "HULK".

Blog Edson Fonseca: Depois de 31 anos de história futebolista, o estado do amazonas voltou ao cenário nacional do futebol brasileiro. Não estamos falando de times tradicionais como Nacional-AM, que em 1986 representou o estado na série –B  e não deixou boas lembranças, a equipe foi rebaixada. Mas a história do futebol amazonense não poderia morrer, uma nova página esta sendo escrita com beleza, talento, disciplina, dedicação e o principal,  o amor; Estamos falando da equipe feminino do Iranduba-AM, que representa o estado no Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. 

A equipe que foi fundada em 2011, ainda caçula, com apenas 6 anos de existência,  superou todos os obstáculos, preconceitos, falta de apoio e desconfiança, para chegar ao trilho do sucesso. Nesses seis anos,  o Iranduba conquistou diversos títulos , mais nada se compara a excelente campanha no Brasileirão.  As meninas  teve uma campanha  de aplausos, foi a 2° melhor campanha geral com 36 pontos, um  pontinhos a menos  do que o Corinthians que teve 37.
Nos três anos que disputou, 2013, 2014 e 2015,  o brasileirão de futebol feminino, o “Hulk” como é conhecida a equipe, foi eliminadas na primeira fase. Ano passado também foi eliminada nas quartas de finais.
A responsabilidade sobre as meninas aumentaram ainda mais quando a diretoria resolveu pedir licença do campeonato estadual masculino para investir totalmente no feminino, ou seja, apostou todas as fichas no time feminino. Para o diretor de futebol Lauro Tentardini, o investimento do time feminino foi planejado e foi constatado que a credibilidade do futebol feminino e mais do que o masculino. “ É uma modalidade que você não enriquece do dia para a noite. Quando existe um projeto vitorioso as pessoas depositam confiança”, afirma o diretor de futebol do clube, Lauro Tentardini, 29, que foi diretor de futebol no Kiderman, equipe conceituada do futebol catarinense que serviu de base para o Iranduba-AM.
Hoje o elenco é formada por 34 atletas, sendo que 17 atuaram na equipe do Oeste Catarinense. Outras seis são oriundas do Amazonas.
 A vida traz capitulo que não estão ao nosso controle, a vinda das jogadores do Kiderman, foi devido uma tragédia que ocorreu  com o treinador  Josué Henrique Kaercher, que era querido por todos e tinha grande influência no futebol feminino.  O treinador que levou o clube ao título da Copa do Brasil de 2015, foi assassinado por Carlos Correa, ex-técnico do time, em um hotel da cidade catarinense de Caçador, sede da equipe.
Segundo Tentardini, essa oportunidade de trazer as meninas foram de suma importância,  “Conseguimos atrair essas meninas através do nosso projeto. Oferecemos moradia, alimentação, transporte e faculdade. Elas vivem apenas do esporte”, disse o dirigente, afirmando que a média de público do time na Arena da Amazônia é de 2.000 pessoas. Os ingressos para os jogos do time custam R$ 20.
Hoje o Iranduba não é mais sonho, e sim uma realidade e orgulho de todo um estado.  O investimento foi planejado, hoje o Iranduba tem a 3° folha salarial mais alto do país,  comparada as principais equipes do Brasil. O Iranduba tem uma folha salarial de R$ 60 mil reais,  o Corinthians por exemplo, R$ 70,  mil, liderado pelo Santos que tem uma folha de R$90 mil reais, valores baixíssimos comparados a outros esportes, mais no futebol feminino , esse  valor requer muito trabalho para fechar  a conta no final do mês devido a falta de um apoio maior.
Jogadoras: O estado do Tocantins tem uma representante, trata-se de Monalisa Belém, que atuou nas principais equipe do estado, jogadora diferenciada, hoje morando  e estudando, Belém revelou ao Blog Edson Fonseca que o Iranduba e a sua casa, “ Estou muito feliz aqui”, estou realizando meu sonhos, revelou a atleta.
Todas as jogadoras tem sua qualidade, e tanto que duas delas foram convocadas pela seleção brasileira de futebol feminino para o amistoso contra a equipe da Alemanha no próximo dia 04 de Julho em Berlim,  a volante Djenifer, 21, e a atacante Kamilla, 22, mas tudo isso foi fruto de uma boa campanha e a visibilidade que o Iranbuba tem tido nacionalmente.  Hoje a equipe feminina é a única que representa o futebol amazonense em competição nacional, nos registros da CBF o único time que disputou uma competição nacional foi o Fast Clube-AM, em 2008, lá se vão nove anos.
O sucesso e tanto que, esse ano  o  Programa Esporte Espetacular enviou o experiente e competente reporte Régis Rosing para fazer uma matéria especial do time que hoje é a sensação do futebol amazonense e brasileiro.

Como Foi Fundado o Iranbuba?
A equipe foi fundada em 2011, por um grupo de amigos, apesar de ainda caçula, o Iranbuba tem  como sócios  fundadores  de pesos que representa o time,  o ex Taffarel, ex-goleiro campeão da Copa do Mundo de 1994 com a seleção brasileira, e o ex-lateral Paulo Roberto. Apesar de fundadores eles não possuem função ativa no clube, mais deixam “usar” suas imagens para conseguir apoio e patrocínios.
Segundo o presidente do clube, João Amarildo Dutra, e motivo de grande satisfação para o time ter esse dois  grandes ex- jogadores, o ex goleiro Taffarel ainda não conhece as estruturas do time, mais em julho vira nos visitar revelou Dutra.
A cidade Sede:  Iranduba é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Manaus, no estado do Amazonas. Situado à margem esquerda do Rio Solimões, é o maior produtor de hortifrutigranjeiros do Amazonas.  Fundada em 10 de dezembro de 1981, Iranduba é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Manaus, no estado do Amazonas. Situado à margem esquerda do Rio Solimões, é o maior produtor de hortifrutigranjeiros do Amazonas, com população estima de mais de 40 mil habitantes.
O nome do time leva o nome da  cidade, as atletas treinam, estudam, e ficam a maior parte do tempo  juntas. Iranduba fica perto da capital Manaus.

Fazendo História:
A caminhada das meninas tem sido especial, tem vencido não só os adversários dentro de campo, mais os preconceitos. Em uma partida, fora de casa, quando o time entrou em campo, os adversários começaram a gritar, time de índio!!! Com criatividade, as meninas deram um “tapa” na cara do preconceito, ganharam o jogo, e fizeram uma comemoração mostrando uma flecha!! Daí pra frente ficou uma marca registrada da equipe, uma homenagem mais que linda e especial, as flechadas do bem que penetra no coração. 

Na última quarta dia 21/06  na Arena da Amazônia, com mais de 15 mil torcedores, o Iranduba  conquistou uma vaga na semifinal, após empate de 1 a , quem marcou primeiro foi as donas da casa, com Mayara, fazendo 1 a 0. As cariocas empataram o jogo. O empate com o  atual campeão brasileiro, o Flamengo-RJ em casa colocou o time na semifinal.  Após ter empatado em 2 a 2, no Rio, a soma dos resultado agregado e o gol marcado fora deu a vaga para o time amazonense. Agora a equipe encara outra pedreira, as sereias da Vila, o Santos Futebol Feminino. Mas como na vida das guerreias do Iranduba  nada a fácil, as meninas estão preparadas para mais esse desafio, que venha o Santos.

Ficha Técnica
Iranduba 1 x 1 Flamengo
Local: 
Arena da Amazônia (em Manaus-AM);
Árbitro: Edmar Campos Encarnação (AM);
Assistentes: Anne Kesy Gomes de Sá e Eliane Nogueira dos Santos; 4º árbitro: Antônio Carlos Pequeno Frutuoso (AM);
Gols: Mayara aos 20’ e Tânia Maranhão aos 44’ do 1º tempo;
Cartões amarelos: 
Driely e Micaelly (Iranduba); Bárbara (Flamengo);
Público pagante: 15.107 torcedores; Renda: R$ 53.010,00;
Iranduba
Rubi; Monalisa, Sorriso, Karen e Letícia; Driely, Djeni, Mari (Cris) e Mayara (Micaelly); Kamilla e Dany Helena (Vitória Almeida). Técnico: Sérgio Duarte.
FlamengoKaká; Raquel (Pâmela), Carol (Renata), Tânia Maranhão e Ju; Emilião, Rayane (Patrícia), Diane e Flávia; Bárbara e Jane. Técnico: Ricardo Arantes.

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