De uma coisa lembro: as pipas exibidas rodavam no céu. Roxas,
amarelas, xadrezes. Caíam como véu. Nos telhados alheios. Nunca no meu.
Garotos descalços, sujos e suados se juntavam para empinar suas pipas”.
Essas são as lembranças da poetiza Samira Assis sobre alguns momentos de
sua infância. Certamente as pipas coloridas passeando por um céu de
brigadeiro, completamente ensolarado, vão continuar memória de muitas
crianças do Tocantins.
A manhã deste sábado, 14, é prova disso. Quem foi à Praça dos
Girassóis, que é a maior praça pública da América Latina e o centro
geodésico do Tocantins, viu centenas de crianças correndo alegres para
levar ao ar pipas coloridas que representavam a alegria de estar ali.
Era a segunda edição do Festival Tocantinense de Pipas sendo realizado.
O evento, que é promovido pela Sejuves – Secretária da Juventude e
dos Esportes a pedido do Governador Siqueira Campos, tem como objetivo
principal resgatar brincadeiras que propiciem a união e a sociabilidade
das crianças bem como a união com a família. Os pais aprovam e
incentivam o festival que, para muitos deles, traz à tona recordações da
infância e da juventude.
Este é o caso do administrador José Ricardo Fonseca, 48, que disse
que o Festival de Pipas faz transbordar emoções guardadas há vários anos
no coração. “Recordo uma época muito boa em que meu pai, que já é
falecido, nos ensina a montar as pipas e nos incentivava a empiná-las
como forma de diversão”, relembrou. Ricardo destacou ainda que a
realização do Festival de Pipas é um importante incentivo para a
retomada de brincadeiras saudáveis que exploram a criatividade e o
companheirismo das crianças.
Com todo esse encantamento e boas recordações, Ricardo acordou cedo e
levou para a Praça dos Girassóis seus três filhos: as meninas Maria
Eduarda, 8 anos; e Maria Luiza, 6 anos e o menino Carlos Eduardo, 10
anos. O trio, que demonstrou ter pouca habilidade com a construção e com
a arte de empinas as pipas, estava empolgado. “ É um pouco difícil, mas
é legal”, disse Carlos Eduardo.
A competição
O Festival de Pipas premiou algumas categorias com valores que foram
de R$ 70,00 para os terceiros lugares a R$ 230,00 para os primeiros
lugares. De acordo com a organização, a premiação foi uma forma
encontrada para incentivar a participação das crianças.
Os participantes foram divididos em três categorias, que eram
marcadas pela idade: 5 a 9 anos; 10 a 13 anos e 14 a 17 anos. De cada
grupo foram escolhidos os três melhores. Um grupo de jurados avaliou o
tamanho da pipa, beleza e harmonia com que ela deslizava pelo céu, a
habilidade do competidor e a criatividade nas manobras e na criação do
brinquedo. Cada grupo tinha cinco minutos para manter a pipa no céu,
durante a avaliação dos jurados.
Na categoria de 5 a 9 anos, o primeiro lugar ficou com Vinicius
Coelho de Souza, que competiu com o número 74. Quem conquistou o segundo
lugar foi a pipa número 59, que foi comandada por Robson Siqueira da
Silva. E o terceiro lugar ficou com Vitor Gabriel Monteiro, que usava o
número 94.
Entre os competidores de 10 a 13 anos, o primeiro lugar foi
conquistado por Kelson Júnior Moreira, número 58. O segundo lugar foi
obtido por Maikon Jordan Belchior Oliveira, que competiu com o número 42
e o terceiro lugar ficou com Adael Sergio Monteiro, com a pipa 49.
Na categoria 14 a 17 anos, o jovem Breno Moreira de Andrade, que
competiu com a pipa número 69, foi o vencedor. O segundo lugar ficou com
Geovane Lopes Gomes, que usava o número 35. O terceiro lugar ficou com
Luiz Felipe Teixeira de Carvalho, que competiu com o número 102.
Além disso a pipa número 70, de Kaio Zaqueu de Sousa foi eleita como destaque do Festival.
(Fonte:ASCOM/SEJUVES)
TRINDADE: Wagner Bueno; Jailson, Onildo, Rodrigo e Marcos Paulo; Noel Júnior, Wilton Goiano, Mizinho e Madson; Fernando Caranga e Régis
GOIÂNIA: Reinaldo; Yuri, Preto Marabá, Júnior Soares e Assis; Lê, Gabriel, Danilo Portugal e Cleyton; Romarinho e Nonato
